A quem as autoridades pensam que enganam?
13 de Fevereiro de 2008
Vez por outra os transeuntes do centro de Belo Horizonte são surpreendidos com agentes públicos, munidos de faixas e cartazes, como barreiras físicas - impedindo que os pedestres atravessem fora da faixa de segurança.
Normalmente os referidos funcionários- ou terceirizados, vá lá saber – estão postos nos semáforos da Praça Sete. Lá onde tudo é extremamente sinalizado, conforme manda o figurino, dentro dos padrões aparentemente necessários à boa circulação do trânsito, tanto de veículos quanto de pedestres.
Mesmo ali, basta dar uma voltinha ao redor do lugar para verificar-se que o trânsito flui sem dar prioridade aos hipossuficientes, no caso, os pedestres.
Se a pessoa pretende atravessar a Avenida Amazonas, vindo da Rua Rio de Janeiro, esperará dois tempos, que corresponde ao tráfego de veículos que vem descendo Amazonas, e depois o tempo daqueles que saem da Afonso Pena em direção à Amazonas. Ou seja, o semáforo ficará aberto em metade do caminho por dois tempos, e apenas por um tempo na outra metade para os que pretendem atingir a Rua dos Carijós.
O mesmo ocorre às pessoas que pretendem atravessar a Av. Afonso Pena no sentido contrário. Ou seja, o indivíduo que quiser, que espere, os automóveis têm prioridade.
Esta é a melhor das hipóteses. Vá querer atravessar a pé a Praça Raul Soares, ou pior, Avenida Bias Fortes com Goitacazes, Contorno com Nossa Senhora de Fátima.... Isto mencionando apenas o Centro da Cidade.
O caos impera em regiões metropolitanas tremendamente movimentadas como Venda Nova ou Barreiro.
Isto sem mencionar as pessoas idosas ou portadoras de deficiência, ou mesmo nós, simples mortais, que está com problemas nos joelhos, ou entorses, ou segurando pela mão crianças. Como atravessar em uma avenida movimentada como a Bias fortes, que em um de seus lados o sinal fica aberto por no máximo vinte segundos?
E ficam lá os agentes de trânsito, de faixa na mão, “ensinando” o pedestre a atravessar a rua.
É PRÁ INGLÊS VER?